quinta-feira, 4 de novembro de 2010

As que fizeram história

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Sei que venho um pouco atrasada falar a respeito disso, mas não poderia deixar de comentar algo sobre a eleição de Dilma Rousseff à presidência do Brasil. Os que vivem agora tem a oportunidade de presenciar um momento histórico do país, o momento em que foi eleita pelo voto popular a primeira presidente mulher do Brasil. Só lamento que ela não tenha sido eleita pelos seus próprios méritos, mas sim devido à sombra de nosso atual e carismático presidente. Em pensar que pouquíssimos séculos atrás a mulher não era sequer considerada cidadã, é um orgulho e uma vitória, não só para as mulheres de hoje, mas também para os homens, que o preconceito contra a mulher esteja diminuindo e junto com ele as diferenças entre os sexos.

São poucas as mulheres na história do Brasil que conseguiram alguma notoriedade em carreiras públicas que seguiram, mas as que conseguiram se destacar foram abrindo espaço para que o caminho de tantas mulheres se tornasse mais fácil ao longo dos anos e das lutas que empreenderam. Por isso pesquisei um pouco para falar dessas poucas mulheres que conseguiram, de uma forma ou de outra, entrar para a história do país. Só sinto não poder falar das tantas mulheres que lutaram por seus direitos, mas que foram esquecidas pela história.


Princesa Isabel

Foi a primeira mulher a entrar para a história do Brasil. Além de princesa, foi regente do Império por três ocasiões e a primeira senadora do país. Com a morte do pai, D. Pedro II, tornou-se chefe da Casa Imperial do Brasil e a primeira na linha sucessória do extinto trono imperial brasileiro, sendo considerada por seu povo como Sua Majestade. Embora tenha ocupado tantos cargos de suma importância, não foi por nenhum deles que Princesa Isabel entrou para a história de forma definitiva, mas sim por ter assinado a Lei Áurea, libertando da escravidão milhares de negros nos idos de 1888.

Maria Quitéria

É considerada a heroína da independência. No ano de 1822, para lutar pela independência do Brasil, a baiana Maria Quitéria de Jesus fugiu de sua casa trajando as roupas militares do cunhado e adotou seu sobrenome como disfarce, sendo conhecida como soldado Medeiros. Queria ir à luta contra os portugueses em prol da independência de seu país. Desde o começo destacou-se por sua bravura e por seu manejo das armas. Com o fim da luta, Maria Quitéria chegou a ser condecorada pelo Imperador com a insígnia dos Cavaleiros da Imperial Ordem do Cruzeiro.


Chiquinha Gonzaga

Foi a primeira compositora do sexo feminino no país, tendo feito mais de duas mil composições, entre elas a famosa marchinha de carnaval “Ò Abra Alas”. Quando tinha apenas dezesseis anos de idade, foi forçada pelo pai a se casar com Jacinto Ribeiro do Amaral, com quem teve três filhos. Após alguns anos infelizes de casamento, Chiquinha Gonzaga se separou e foi parar no meio boêmio, onde começou a ser reconhecida pelo seu talento como compositora, mas pagou um preço alto, pois na época uma mulher separada do marido era um sacrilégio. Foi também precursora do chorinho, além de empreender políticas abolicionistas e republicanas. Um marco para a história do país e uma grande conquista para as mulheres que trilhariam os mesmos caminhos.


Bertha Lutz

Desde sempre, Bertha foi uma incansável defensora dos direitos da mulher no país, lutando contra os preconceitos em uma época em que tudo era proibido para as mulheres. No ano de 1918, publicou na "Revista da Semana" de 14 de dezembro uma carta denunciando o tratamento dado ao sexo feminino propondo a formação de uma associação de mulheres, visando a "canalizar todos esses esforços isolados". Lutou sempre pelo voto feminino, que não existia na época, sendo instituído somente no ano de 1932. Defendeu a mudança da legislação referente ao trabalho da mulher e dos menores de idade, propondo a igualdade salarial, a licença de três meses para a gestante e a redução da jornada de trabalho, então de 13 horas. Um ano antes de morrer, Bertha foi convidada pelo governo a integrar a delegação do primeiro Congresso Internacional da Mulher, realizada pela ONU no México, quando foi instituído o dia internacional da mulher, em 1975.


Rachel de Queiroz

Uma das maiores escritoras do Brasil, fortemente ligada à política, lutando contra o governo ditatorial de Getúlio Vargas, foi a primeira mulher a integrar a Academia Brasileira de Letras, ganhando diversos prêmios ao longo de sua vida pela sua alta literatura, que podemos conferir em romances como “O Quinze” e “Memorial de Maria Moura”. Morreu no ano de 2003, após um acidente vascular cerebral, já com 92 anos.



Após falarmos um pouco dessas grandes mulheres que integram nossa história, vamos ficar de olho e ver se o que falarão da presidente eleita do país será algo a se exaltar ou a querer se esconder após seu mandato como governante máxima do país. Boa sorte para ela, e para nós!

17 comentários:

Oi Ana!
td bem??
mto bom esse post
vc sumiu do msn
sou do blog nova alexandria lembra?
vejo q conseguiu colocar os anuncios
me mande um e-mail
ou depoimento no orkut
bjoss
ate mais
Leticia

muito bom o blog, continue assim :)

Acho uma grande conquista!
As mulheres devem conquistar cada vez mais espaço, eu até acho o olharfeminino muits vezes melhor do que o masculino em questões politicas e sociais.

www.aliradeorfeu.blgospot.com

Olá estou seguindo seu blog! Logo, quando cheguei em seu blog senti que iria gostar pois me interessou o subtítulo! Então, vi essa postagem super caprichada! Muito bom! =)
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rachel de queiroz era foda, uma grande escritora!

fazer pouco já é fazer mto, n se precisa ser um mito para isso...

de fato, o preconceito contra a mulher vem diminuindo notoriamente... é uma conquista de todas nós, e que assim como toda grande coneuista, veio com sangue!

Uma pena a primeira mulher presidente não ter sido eleita por mérito próprio. Aliás, agora sei de onde a história de Mulan veio.

Abraço! ;)

http://anpulheta.blogspot.com

muito bom nem a minha professora de historia fais melhor
http://www.lcsonline.blogspot.com
to te seguindo

Belo post! Muito interessante, e com uma cultura extrema! É muito bom saber tudo que essas mulheres já conseguiram fazer...só espero que a Dilma também consiga fazer algo pelo nosso país! Belo Blog!

Muito interessante o post,tomara que ela represente bem esses talentos *-*
bjs

http://thaynadamascena.blogspot.com/

òtimo post , realmente durante toda a historia do mundo, vemos a figura feminina esquecida e deixada de lado, tendo expressividade apenas quando se trata do lar , mas isso vem mudando hoje varios intelectuais ja estudam a "historia da mulher" e até a historia da mulher no brasil ( Mary Del Priore ) e ao longo dos tempos elas vem se consolidando , não como um sexo fragil mas como um ser tão capaz como o homem .... muito bom mesmo o blog vejo muita cultura e riqueza de informações parabéns !!! seguindo


vem me visitar ?

http://meumundinhoinsanowill.blogspot.com/

O que seria do mundo sem as mulheres, eu acho que praticamente nada.