Boa tarde, gente!
O livro de hoje é Submissão, do francês Houellebecq. Vi esse livro como indicação de dois colunistas da revista Veja, que indicaram o livro como um dos melhores de 2015. Fiquei super interessada na história, conforme via a resenha deles, mas confesso que o livro me decepcionou um pouco.
Sinopse da editora: França, 2022. Depois de um segundo turno acirrado, as eleições presidenciais são vencidas por Mohammed Ben Abbes, o candidato da chamada Fraternidade Muçulmana. Carismático e conciliador, Ben Abbes agrupa uma frente democrática ampla. Mas as mudanças sociais, no início imperceptíveis, aos poucos se tornam dramáticas. François é um acadêmico solitário e desencantado, que espera da vida apenas um pouco de uniformidade. Tomado de surpresa pelo regime islâmico, ele se vê obrigado a lidar com essa nova realidade, cujas consequências - ao contrário do que ele poderia esperar - não serão necessariamente desastrosas.
Ao contrário do que foi aclamado na época de seu lançamento, não achei que o livro nos remete a um futuro distópico, como em Admirável Mundo Novo, de Huxley. Ao contrário dessa última, Submissão não tem a agilidade de acontecimentos e nem as surpresas da clássica obra. Achei uma leitura arrastada, e muita pretensão publicá-lo como o livro "mais polêmico do ano". Submissão tem o intuito de nos fazer pensar num futuro caótico, que termina por não ser tão caótico assim. Nos faz pensar. Mas não é, nem de perto, o que eu esperava do livro, talvez por conta de sua repercussão exagerada. Ansiosa por acontecimentos, o livro me deixou à míngua. Fiquei sedenta deles, os acontecimentos, mas esses custaram a acontecer. E pouco aconteceram, na verdade. O livro todo se passa com o protagonista, um típico chato, insuportável e machista, conversando com pessoas de ser círculo social sobre uma possível ascensão do islamismo ao poder em plena França. O fato ocorre, e mais uma vez, ficamos aguardando os acontecimentos, que não vem. A submissão do povo francês a esse novo modo de vida, na verdade, é feita de forma muito passiva. Não há levantes, nem revoltas. O candidato é eleito democraticamente e as mudanças parecem não afetar o estilo de vida que os personagens levam, exceto aqueles envolvidos com educação, que é o caso do protagonista, professor universitário.
A história nos remete ao clássico "E se...", principalmente aos que estão mais ligados no que ocorre na atualidade geo-política da França. Num mundo onde o islã continua crescendo, tem-se aqui a possibilidade de imaginá-lo como seria sua concretização numa sociedade ilustrada como a França.
Se tivesse visto antes uma crítica negativa a respeito desse livro, ainda assim o teria lido, para poder expressar minha própria opinião. No entanto, não me agradou.
Se você já leu essa obra, deixe sua impressão nos comentários abaixo!
Por hoje é isso! Bom domingo!
0 comentários:
Postar um comentário